Uma exposição cujo recorte apresentará parte dos principais trabalhos desenvolvidos ao longo dos mais de 50 anos de trajetória do artista brasileiro Montez Magno, além de um conjunto de obras e projetos não realizados capazes de destacar o caráter imaginativo e inventivo desse artista.
“Montez Magno: Algúria” reúne um conjunto de mais de 80 trabalhos que destacam a ficção visionária do artista, cujos exercício de imaginação remetem a campos diversos, como o urbanismo, a paisagem e a música. Montez Magno usou de toda sua engenhosidade para criar a partir da poesia, da pintura e da escultura.
MATERIAIS SIMPLES E COTIDIANOS
Montez Magno trabalhou com materiais como sabão em barra, giz, bolas de isopor, dados, atribuindo-lhes novos sentidos. Em sintonia com práticas de “anti-arte”, vigentes das vanguardas modernas aos experimentalismos das décadas de 1960 e 70, o artista criou a série Cidades Imaginárias (1972-). No projeto, Montez prospectou arquiteturas de cidades e museus usando materiais como partir de canos, dobradiças e tubos de papelão. Foram incontáveis as maquetes seguidamente criadas e desmontadas pelo artista.
Sobre Montez Magno
Montez Magno de Oliveira (Timbaúba, Pernambuco, 1934). Começa sua produção nos anos 1950, trabalhando com linguagens distintas como a poesia, a pintura, a escultura, a fotografia, o desenho, dentre outras. Sua primeira exposição individual acontece no Instituto dos Arquitetos do Brasil, em Recife, em 1957. A partir de 1960, publica artigos e pesquisas sobre arte em jornais brasileiros, mantendo uma prática crítica que remonta aos anos de 2010. Torna-se bolsista do Instituto de Cultura Hispânica entre 1963 e 1964, o que lhe permite viajar por vários países da Europa. Com o Prêmio recebido no I Salão Global do Nordeste, viaja para Europa e Argélia a estudos em 1975, experiência a partir da qual surge o conto “Algúria” (1975).
De volta ao Brasil, reside um tempo no Rio de Janeiro e, posteriormente, mudando-se para Olinda Pernambuco), leciona escultura na Universidade Federal da Paraíba. Publicou mais de quinze livros com seus poemas e escritos, bem como ilustrou trabalhos de autores diversos, como Osman Lins. Participou de mostras importantes como edições da Bienal de São Paulo e do Panorama da Arte Brasileira. Suas obras encontram-se em acervos públicos e privados de todo o Brasil e do exterior.
Ingresso
Inteira: R$ 30,00 (inteira)
Meia: R$ 15,00 (meia)
(gratuito aos sábados)
Mais informações
“Montez Magno: Algúria” tem curadoria Clarissa Diniz e patrocínio de Pirelli, na cota Bronze.
Serviço
Local: Pinacoteca Luz (2º andar)
Data: de 21 de outubro de 2023 até 3 de março de 2024
Endereço: Praça da Luz, 2, São Paulo — SP.
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h. Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h).
Fotos
Imagens: Levi Fanan