Blog da Pina

Postagem: Conheça novas obras do acervo da Pinacoteca

Publicado em 17 de março de 2025

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: Por dentro da Pina

Seguindo com o objetivo de tornar a Pinacoteca um museu cada vez mais diverso, inclusivo, intergeracional e transregional, aumentamos nosso acervo anualmente. É interessante observar como a seleção de obras da Pina vem mudando de ano a ano, acompanhando debates importantes da contemporaneidade.

A seguir, conheça duas novas obras do acervo!

A queda da noite, batalha dos deuses, 2024

Xadalu Tupã Jekupé (Alegrete, RS, 1985)

Acrílica sobre tecido

210 x 245 cm

A pintura de Xadalu Tupã Jekupé narra a história de um portal escondido nas frestas das pedras, que conecta o mundo humano ao celestial, onde habitam os deuses e espíritos da natureza. Esses guardiões protegem o equilíbrio do rio e da terra. No entanto, a maldade humana causa dor aos deuses, levando à rebeldia da natureza. Um jaguar azul, simbolizando essa força, se prepara para devorar o sol e a lua durante os eclipses. Quando a maldade do homem ultrapassa os limites, os deuses libertam-se e iniciam a destruição da Terra. Nhanderu, um deus que busca acalmar a situação, transforma-se em um pássaro vermelho e tenta ajudar alguns sobreviventes, esperando por uma nova era na qual a humanidade aprenderá a respeitar a natureza.

Mãy Putõõy [Mãe-Barro], 2024

Aldeia Escola Floresta Maxacali

Sueli Maxacali (Santa Helena, MG, 1976)

Acrílica sobre tela e cerâmicas

200 x 160 cm (cada painel)

Instalação formada por 8 painéis e cerca de 70 cerâmicas

O povo Maxacali, ou Tikmũ’ũn, vive entre os vales dos rios Mucuri e Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais. Isael e Sueli Maxacali são lideranças da Aldeia Verde de Ladainha, onde ajudaram a criar em 2021 a Aldeia Escola Floresta. O projeto dedica-se à escuta dos ancestrais e à transmissão de suas histórias e memórias por meio de oficinas culturais.

A convite da Pinacoteca, a Escola promoveu em setembro de 2024 um ateliê de pintura para realizar este painel coletivo sobre a cosmologia da “mulher do barro”, um dos mitos de origem Maxacali. Durante este processo, uma anciã da aldeia encontrou argila, matéria que há muito tempo não se usava dado à sua escassez no território. O achado possibilitou a retomada da produção de cerâmicas e deu novo fôlego para o entendimento de uma identidade que surge do vínculo entre o corpo feminino e a terra.

Com as aquisições de obras de Xadalú Tupâ Jekupé e da Aldeia Escola Floresta Maxacali, o acervo da Pinacoteca hoje conta com mais de 40 autores indígenas representados.

Continue acompanhando o Blog da Pina para conhecer as outras obras que fazem parte do nosso acervo!

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