O que pode a alegria diante do colapso do mundo? Como transformar a alegria em uma força de resistência? Com ATOMIC JOY, Ana Pi convoca essa emoção regeneradora como um estado de vigilância, uma arma milagrosa, um espaço de reinvenção.
Pensado como um guia prático coreográfico da alegria, ATOMIC JOY reúne oito jovens intérpretes oriundos das danças de rua da Grande Paris. Inspirada pelo universo das battles, Ana Pi imagina um espaço de escuta, tensão e desobediência, onde a radicalidade dos gestos se torna um ato de afirmação. Sua gestualidade singular e suas qualidades precisas de presença tornam-se o ponto de partida de uma matéria viva a ser amplificada num movimento de circulação e conexão.
Alimentada pelas danças afro-diaspóricas — herdeiras de lutas e de profundas transmissões —, a coreógrafa extrai delas um saber do movimento que liga memória e futuro, autonomia e impulso coletivo, onde cada gesto conecta o passado ao desejo de um futuro comum.
Ao ritmo de uma composição original do pianista Christophe Chassol, ela dá forma a uma dança vibrante, onde ternura, virtuosidade e ferocidade se entrelaçam para afirmar a potência de um vasto legado em constante transformação: uma operação alegre de reencontro com o real.
Apresentado pela primeira vez no Rencontres chorégraphiques internationales de Seine-Saint-Denis, na França, ATOMIC JOY estreia na Pinacoteca de São Paulo na abertura da Temporada França-Brasil 2025.
Como participar
A apresentação é gratuita com retirada de ingressos na recepção da Pina Contemporânea com uma hora de antecedência.
Sujeito a lotação.
Datas e horário
Datas: 23 e 24 de agosto
Horário: 15h30
Sobre Ana Pi
Coreógrafa e artista da imagem nascida no Brasil, Ana Pi trabalha a partir da França e navega pelo mundo através das camadas regeneradoras da Diáspora Africana e de seu imaginário radical. Sua pesquisa transita em torno das danças ancestrais e suas formas periféricas atuais, atuando como dançarina, pedagoga, coreógrafa, criadora de espaços e escritora, com práticas que se entrelaçam a todo o momento. Seus trabalhos transdisciplinares situam-se precisamente entre as noções de trânsito, deslocamento, pertencimento, sobreposição, memória, cores e gestos ordinários.
Seus espetáculos, instalações escultóricas, filmes, ações pedagógicas e pesquisas já foram apresentados em instituições como: 35ª Bienal de São Paulo – Coreografias do Impossível, Instituto Cisneros com o MoMA Nova York, Performa Biennial, AMANT Brooklyn, 15ª Bienal de Dakar, Centre Pompidou Paris e Metz, Museo Reina Sofia, Dancing Museums, Assemblée des Mutants, Histórias Afro-Atlânticas, Festival Internacional de Cinema de Roterdã, RAW Material Company, A-CDCN França, P.A.R.T.S, Festival d’Automne, Impulstanz, Alkantara, Holland Festival, VIDEOBRASIL, Fondation Cartier, Puerto de Ideas, INHOTIM, MASP, The Place London, BARD College, entre outros.
Desde 2010, cultiva e compartilha a prática CORPS ANCRÉ: danças periféricas — gestos sagrados. A partir de 2020, suas criações e colaborações são desenvolvidas por meio do NA MATA LAB. Em 2025, Ana Pi integra duas grandes exposições no Brasil: “NOSSA VIDA BANTU”, no Museu de Arte do Rio de Janeiro, e “O Poder das Minhas Mãos”, no Sesc Pompeia, em São Paulo.
Serviço
Local: Praça da Pina Contemporânea.
Endereço: Avenida Tiradentes, 273, Luz, São Paulo — SP.