O curso tem como objetivo oferecer um panorama da arte latino-americana nos séculos XX e XXI, por meio da apresentação, análise, contextualização e discussão de trabalhos artísticos produzidos na Argentina, no Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, México, Peru, Uruguai e na Venezuela. Abordaremos esses trabalhos a partir de questões e movimentos que marcaram o território cultural e político desses países, suas dimensões locais e transnacionais, seus vínculos com a história e a memória, suas expectativas e projeções de futuro.
Ao longo das aulas, veremos diferentes aspectos do modernismo, que implicou revisões do passado, apostas em transformações sociais e novas construções no plano das linguagens e da cultura. Abordaremos a disseminação da arte abstrata e concreta e suas conexões com o experimentalismo a partir dos anos 1960, bem como o conceitualismo e seus desdobramentos contemporâneos, o que nos proporcionará uma visão abrangente da arte latino-americana e meios para uma compreensão mais aprofundada de suas relações com o mundo atual.
ESTRUTURA: curso de formação, online, das 19h às 21h.
PÚBLICO-ALVO: professores, pesquisadores e público geral interessado em arte contemporânea latino-americana.
FORMATO: online
NÚMERO DE VAGAS: 250
50 vagas gratuitas para professores de escolas públicas e educadores sociais selecionados por ordem de inscrição através do Formulários Google.
30 vagas afirmativas (pessoas pretas, pardas, amarelas, indígenas, ciganas, transexuais/travestis, com deficiência e pessoas com rendimento médio mensal de até dois salários mínimos).
DIAS E HORÁRIOS
Datas: 18, 20, 25 e 27 de setembro
Horário: das 19h às 21h
PREÇO
Inteira: R$ 100,00
Meia: R$ 50,00
Amigos e patronos da Pina: R$ 90,00
INSCRIÇÕES
As inscrições devem ser feitas pelo site da INTI.
Professores de escolas públicas e educadores sociais podem solicitar inscrição para as 50 vagas gratuitas. Basta preencher o formulário. A seleção é feita por ordem de inscrição.
PROGRAMA DE AULAS
Aula 1 – Modernismo e cosmopolitismos — 18 de setembro
Na primeira aula, abordaremos a arte das primeiras décadas do século XX a partir de suas relações com projetos de modernização dos países latino-americanos. Aproximadamente 100 anos depois das independências nacionais, as estruturas coloniais ainda organizavam a vida social e os artistas buscaram revelar e criticá-las, além de imaginar e propor novas realidades pautadas no poder popular, na modernização econômica e na experiência urbana. Discutiremos esses aspectos em obras de artistas como José Guadalupe Posada, Leopoldo Méndez, Rafael Barradas, Ramón Alva de la Canal, Fermín Revueltas, Tarsila do Amaral e Joaquin Torres-García.
Aula 2 – Modernismo e etnicidades — 20 de setembro
Na segunda aula, iremos acompanhar trabalhos de artistas que responderam à necessidade de transformação das estruturas coloniais de seus países com imagens que reivindicavam memórias e culturas excluídas da história nacional oficial, reelaboravam experiências de pertencimento e identificação e propunham novos sentidos e valores populares para a construção da modernidade, muitas vezes aproximando sentimentos nativistas e engajamento revolucionário. As discussões da aula tomarão como base obras de artistas como Pedro Figari, José Sabogal, Julia Codesido, Diego Rivera, David Siqueiros, Frida Kahlo, Wilfredo Lam e Carlos Mérida.
Aula 3 – Abstração e tendências construtivas — 25 de setembro
Na terceira aula, nossa atenção estará voltada para as produções abstracionistas e concretistas marcantes em praticamente todos os países latino-americanos em meados do século XX. Essas produções derivaram em proposições ambientais e participativas a partir dos anos 1960, abriram espaço para o experimentalismo e se conectaram com as transformações econômicas e sociais do segundo pós-guerra. Veremos como novos repertórios industriais, comunicacionais e urbanos foram reelaborados nos contextos periféricos latino-americanos por artistas como Yente, Loló Soldevilla, Juan Melé, Tomás Maldonado, Gyula Kosice, Hélio Oiticica, Gego e Carlos Cruz-Diez.
Aula 4 – Conceitualismo e práticas contemporâneas — 27 de setembro
Na quarta aula, iremos abordar artistas que transitaram ou ainda transitam por práticas que tem sido chamadas de conceitualistas, que lidam com procedimentos não especificamente artísticos e intervêm em espaços públicos e estruturas discursivas por meio de ações e objetos, frequentemente visando repercussões políticas. Nos contextos latino-americanos, esses artistas levantaram questões sobre a violência de estado nas ditaduras, a violência social cotidiana e seus processos de apagamento. Nas aulas veremos obras como as de Graciela Carnevale, Lotty Rosenfeld, Artur Barrio, Marta Minujín, Doris Salcedo, Teresa Margolles, María Magdalena Campos-Pons e Oscar Muñoz.
SOBRE A PALESTRANTE
PATRICIA CORRÊA
Mestre e doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com estágio na Tisch School of Arts da New York University e especialização em História da Arte e da Arquitetura pela Universidad Politécnica de Cataluña. É professora associada do Departamento de História e Teoria da Arte na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da mesma universidade. Atua em ensino e pesquisa nas áreas da história, teoria e crítica da arte, com ênfase em arte moderna e contemporânea no Brasil e nas Américas. Integra o grupo de pesquisa do CNPq Geopolíticas institucionais: arte em disputa a partir do pós-guerra.
MAIS INFORMAÇÕES
O curso terá certificado e será realizado em formato online via Zoom. O link de acesso a sala online e demais informações para início do curso serão enviadas com e-mail de confirmação de inscrição.
A pessoa aluna deverá usar o mesmo e-mail ou mesmo nome cadastrado no ato da compra para acessar a sala online, do contrário não será possível realizar o cadastro e acesso à plataforma Zoom e os recursos disponíveis para transmissão da aula. Eventuais trocas de e-mail feitas após a compra devem ser comunicadas à organização do curso até 2 dias antes do início do curso.
O curso é online, fornecido no formato síncrono, ou seja, ao vivo. As aulas serão gravadas e disponibilizadas para os alunos regularmente inscritos após o encerramento do curso e por período limitado. A equipe Pina Cursos compartilhará o link de acesso dos vídeos por e-mail e prazo de acesso.
A declaração de frequência será emitida após o término do curso. Participantes que obtiverem 75% de presença durante o curso, ou seja, logados no momento da transmissão do curso. O acesso aos vídeos das aulas do curso não será considerado na contagem de frequência.
A inscrição é pessoal e intransferível. Em caso de inscrição-presente, no momento da matrícula o pagante deve incluir os dados da pessoa convidada e informar a organização do curso sobre tal inscrição-presente, de modo a evitar possíveis equívocos de cadastro ou de compartilhamento dos conteúdos de estudo.
A utilização de meia-entrada é concedida a: estudantes, professores, pessoas com 60 anos ou mais e funcionários de instituições culturais (limite de até 5 funcionários de uma mesma instituição).
Materiais complementares como, bibliografia do curso, PDFs, links de vídeos indicados pelas professoras, serão compartilhados através de uma pasta virtual, gerenciada pelo professor e a coordenação do curso. O material ficará acessível por tempo limitado.
Pedidos de cancelamento ou transferência serão aceitos até a véspera de abertura do curso.
Pedidos de cancelamento ou transferência, enviados após início do curso, não serão considerados, visto a necessidade de organização das atividades.
O curso poderá oferecer interprete/tradução em Libras e audiodescrição. Esses recursos de acessibilidade poderão ser solicitados por e-mail até 5 dias antes do início do curso.
Mais informações no site da Pinacoteca ou pelo e-mail cursos@pinacoteca.org.br.