Foto de uma área interna com piso de madeira envernizada, uma superfície retangular plana horizontal com cerca de 4 metros de comprimento e meio metro de largura.

Tipo: Exposições | Local: Edifício Pina Luz

Data Início Exposições 26 de outubro de 2019 - Data Término Exposições 17 de fevereiro de 2020

Exposições: Adrià Julià: Nem mesmo os mortos sobreviverão

Com curadoria de Fernanda Pitta, a mostra “Adrià Julià: Nem mesmo os mortos sobreviverão” apresenta trabalhos que ocupam o pátio e duas salas contíguas à exposição de longa duração do acervo da Pinacoteca.

As obras colocam em questão as implicações das técnicas de reprodução, impressão e autenticação que pautaram a organização do fluxo das imagens nos primórdios da fotografia.

Desde 2011, Julià tem pesquisado sobre os experimentos fotográficos, por vezes fracassados, de Hercule Florence (Nice, 1804 — Campinas, 1879), que se estabeleceu no Brasil no século 19. Florence foi um dos inventores menos conhecidos dos processos fotográficos na década de 1830 e também o primeiro a usar o termo “fotografia” para designar tecnologias de impressão que usam a luz como meio.

AS OBRAS

Seguindo um procedimento semelhante, Julià apresenta Exercise for an Overexposed Landscape (#2). Nele, um motor gira uma fotografia em larga escala cujo papel foi impregnado de ouro, exposto à luz do dia e cuja imagem foi fixada com urina humana.

A mostra também conta com um vídeo-instalação The Exceeding Image, que aborda a história de uma fotografia realizada por Florence, mas nunca encontrada. De acordo com a descrição do explorador em seu diário, esta fotografia foi tirada diretamente da janela de sua casa na Vila de São Carlos (atual Campinas).

No pátio da Pinacoteca, o trabalho Fortuitous Encounter consiste em uma impressora suspensa no teto que imprime, repetidamente e em uma sequência aleatória, a imagem de um beija-flor extraída da extinta nota de 1 real.

Esse tipo de imagem figurativa, comumente usada em notas monetárias, contrasta com os padrões abstratos que Florence desenvolveu sem sucesso em 1830 para o seu “papel inimitável” para resolver uma crise econômica agravada pela falsificação do papel-moeda.

Sobre Adrià Julià

Adrià Julià nasceu em 1974, em Barcelona, ​​Espanha, e atualmente vive e trabalha entre Los Angeles, EUA, e Bergen, Noruega, onde é professor da Universidade de Bergen, no KMD. Suas exposições individuais mais recentes aconteceram em instituições como a Fundação Miró, Barcelona; Tabakalera, San Sebastian; Project Art Center, Dublin; Museo Tamayo, Cidade do México; Orange County Museum of Art, Newport Beach; LAXART, Los Angeles; Artists Space, Nova York; Insa Art Space, Seul; e Galeria Soledad Lorenzo, Madri. Integrou mostras coletivas em instituições como Metropolitan Museum, Nova York; Museo Reina Sofía, Madri; Witte de With, Roterdã; Seoul Museum of Art, Seul, Coreia; Lyon Biennale, Lyon; Generali Foundation, Viena; 7ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre; Akademie der Künste, Berlim, além de performances para a 29ª Bienal de São Paulo.

O artista também foi agraciado pela American Academy (Berlim), pela Botín Foundation, California Community Foundation Fellowship for Visual Artists, Art Matters, American Center Foundation, “La Caixa” Fellowship Program e, em 2002, foi vencedor do Altadis Prize.

Mais Informações

Esta exposição só foi possível com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Acción Cultural Española (AC/E), por meio do Programa de Internacionalização da Cultura Espanhola (PICE), na categoria “Mobilidade”, pela Coleção Cyrillo Hercules Florence.

Serviço

Data: 26 out 2019 — 17 fev 2020

Local: Pinacoteca Luz

Endereço: Praça da Luz 2, São Paulo — SP

Fotos

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Imagens: Levi Fanan e Isabella Matheus

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