Foto em preto e branco de uma folha de papel com duas gravuras e texto impresso.

Tipo: Exposições | Local: Edifício Pina Estação

Data Início Exposições 01 de fevereiro de 2021 - Data Término Exposições 28 de junho de 2021

Exposições: Fayga Ostrower: Imaginação tangível

A mostra “Fayga Ostrower: Imaginação tangível” apresenta, em 130 trabalhos, um panorama de uma das pioneiras da gravura abstrata no Brasil.

A exposição, que faz parte das celebrações do centenário de nascimento de Fayga, está organizada de acordo com interesses que orientaram suas facetas poéticas.

NARRATIVAS LITERÁRIAS

Em um primeiro momento da mostra, Anos de Formação, é visível o uso das narrativas literárias pela artista que se inspirava nos livros para criar imagens e aprimorar o aprendizado da gravura. E mesmo sendo em caráter de experimentação artística, algumas séries acabaram sendo descobertas e publicadas. É o caso de uma edição da obra O cortiço, de 1948, que conta com a ilustração de doze gravuras de Fayga.

A mostra traz também alguns exemplares de maior destaque, inclusive de encomendas de editoras, como as ilustrações para as obras Invenção de Orfeu e Terra Inútil E contribuições sistemáticas para suplementos de arte de alguns jornais da época — algumas onde teve a chance de colaborar com outros artistas como Mario de Andrade e Cecília Meirelles.

LINGUAGEM

Em um segundo momento da exposição, é possível observar o reconhecimento nacional e internacional de sua produção, com gravuras que fizeram com que Fayga ganhasse o Grande Prêmio Internacional de Gravura na Bienal de Veneza em 1958.

Na década de 50, a artista abandona a figuração e parte para abstração, para composições mais livres. As estampas, também produzidas a partir desta época, reverberam a libertação da geometria.

Como as estampas eram abstratas, a produção não foi aceita pela indústria e Fayga, junto com um sócio, passou a produzir sem o apoio das fábricas. Na exposição, uma seleção inédita de 19 mostruários, confeccionados entre 1951 e 1956, exemplifica as características desses trabalhos.

Em um terceiro núcleo, Expressões Gráficas, exibe-se a aproximação de Fayga, já no final dos anos 60, com outras técnicas, como serigrafia e litografia.

CURADORIA

O curador Carlos Martins trabalha na área das Artes e da Cultura desde 1978, quando de seu regresso da Grã-Bretanha, onde cursou a Universidade de Edimburgo e a Slade School of Arts, de Londres. Arquiteto e artista plástico, em 1982 inicia no Rio de Janeiro sua colaboração ao IPHAN, na área da museologia, criando o Gabinete de Gravura do MNBA. Responsável por revitalizar o seu acervo, realiza a exposição Introdução ao Conhecimento da Gravura em Metal, itinerante por 12 capitais do país. Em 1983, é curador da Retrospectiva Fayga Ostrower.

Como diretor dos Museus Castro Maya dedicou-se às reformas necessárias para a reabertura do Museu do Açude, para a Conferência Rio-92. De 1996 a 2006, foi consultor/curador da Coleção Brasiliana/Fundação Estudar.

Fez parte da equipe de curadores da Pinacoteca de São Paulo, quando realizou, dentre outras, a exposição “Gravura em Campo Expandido”, “Gravura e Modernidade no Brasil”, além das retrospectivas de gravura de Marcelo Grassmann, Rossini Perez, Iberê Camargo e Arthur Piza, que recebeu o prêmio da APCA 2016.

Como curador independente realizou exposições de grande porte, como “O Brasil Redescoberto” dentre outras.

Sobre Fayga Ostrower

Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, a polonesa Fayga Ostrower chegou ao Rio de Janeiro em 1934, acompanhada de seus pais e mais três irmãos, a família fugia das perseguições nazistas na Alemanha. Autodidata e mesmo sem possibilidades de frequentar universidades, se tornou uma das personalidades artísticas mais importantes do Brasil no século 20.

Múltipla em sua produção, também publicou livros, ministrou cursos e proferiu palestras em várias universidades brasileiras, e também no exterior, como a Spellman College, em Atlanta, EUA, ou na Slade School da Universidade de Londres, Inglaterra.

Em sua trajetória também se destacam os prêmios: Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo, 1957, o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza, 1958.

A artista morreu em 2001 aos 81 anos.

Mais Informações

“Fayga Ostrower- Imaginação Tangível” conta com patrocínio do Bradesco.

A exposição é realizada a partir da coleção da Pinacoteca de São Paulo, composta majoritariamente por obras doadas pelos filhos da artista Anna Leonor e Karl Ostrower, e de alguns trabalhos do acervo da família.

CATÁLOGO

Para esta exposição, um catálogo bilíngue (português e inglês) foi produzido com imagens das obras da artista. A trajetória é contada, desde os desenhos e gravuras figurativos, até as xilogravuras e gravuras em metal, e ainda estão presentes as serigrafias e litografias, produzidas em maior intensidade a partir dos anos 1970.

Textos do curador da exposição, Carlos Martins, e da jornalista, curadora especializada em design e professora Adélia Borges também integram o material.

Serviço

Local: Pina Estação
Data: 01 fev 2021 — 28 jun 2021
Endereço: Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia, São Paulo – SP

Fotos

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Imagens: Levi Fanan

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