A Pinacoteca do Estado apresenta a exposição François Auguste Biard: o indígena e o olhar romântico, com cerca de 50 obras, entre pinturas, aquarelas e desenhos, realizadas entre 1820 e 1860, por François Biard (Lyon, 1798 – Les Plâteries, 1882) e por outros artistas viajantes. O grande destaque da exposição é a união das três únicas pinturas conhecidas em que François Biard utiliza os índios da América do Sul como tema: uma delas é a obra A fabricação do curare na floresta amazônica, 1859, do Musée du Nouveau Monde, em La Rochelle, França, outra, Os Mundurucu às margens de um afluente do rio Madeira, 1862, de uma coleção particular e Índios da Amazônia adorando o Deus-Sol, 1860, Coleção Brasiliana / Fundação Estudar.
A mostra também exibe gravuras de outros artistas e cientistas viajantes que documentaram os indígenas brasileiros pouco antes de Biard, como Jean-Baptiste Debret. Johann Moritz Rugendas, Maximilian zu Wied-Neuwied e Carl Von Martius. E ainda o livro que Biard publicou depois de seu retorno à Europa, intitulado Dois anos no Brasil, 1862. A partir de seus relatos, será mostrado ao público o roteiro da viagem de Biard ao Brasil, com um mapa que aponta o itinerário da expedição, assim como trechos do livro que registram suas impressões sobre o país, seus habitantes e seus costumes.