Em celebração à rica herança cultural do Maranhão e de suas práticas de resistência e memória, Radiola de Promessa explora a interseção entre a fé espiritual e a música reggae, revelando como essas forças culturais se entrelaçam, resistem e se transformam ao longo do tempo.
O filme é uma celebração da rica herança cultural do Maranhão e de suas práticas de resistência e memória. Ao explorar a interseção entre a fé espiritual e o reggae, a obra revela como essas forças culturais se entrelaçam, resistem e se transformam ao longo do tempo, homenageando as comunidades que, por meio da música e da devoção, mantêm viva a chama da ancestralidade e a continuidade de suas crenças.
Com uma abordagem audiovisual que combina música, história e espiritualidade, a obra busca abrir um diálogo intercultural, destacando as múltiplas formas pelas quais celebrações e tradições podem ser compartilhadas, preservadas e transformadas para as futuras gerações.
As imagens capturam essas histórias promovendo fusões de diferentes experiências e relatos, a partir dos quais se constrói uma espécie de
memória coletiva. Somos apresentados a uma gama de saberes e etapas relativas às obrigações de santo e à promoção dos festejos, onde passado e presente dançam juntos, não apenas ao som do tambor, mas também no compasso vibrante da radiola. Esse sistema de som se refaz em cor e forma, provocando novas expressões sonoras no Brasil.
Sobre Gê Viana
De origem Anapuru Muypurá, Gê Viana (1986) é artista visual com pesquisas em colagem, pintura, performance, intervenção urbana e audiovisual. Nasceu no povoado de Centro do Dete, em Santa Luzia, e ainda jovem migrou com a família para a capital São Luís, onde se formou em artes visuais pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Sua poética manifesta-se na imagem como espaço de ruptura. Um território em que as forças se cruzam e os tempos se sobrepõem. Memória, corpo e espaço entrelaçam-se em camadas de sentido, convocando o passado e o presente em um potente diálogo a partir da cultura maranhense. Um gesto de enfrentamento delicado, no qual despontam caminhos de insurgência contra a visualidade colonial, à medida em que se desestabiliza o modo de olhar e se promove o encantamento.
Mais informações
A sala de vídeo no edifício Pina Luz é um espaço dedicado à exibição audiovisual, produção fundamental na arte contemporânea do Brasil.
A mostra tem curadoria de Ana Paula Lopes.
O vídeo fez parte da programação da segunda edição do Festival Pina Praça – Latinitudes.
Serviço
Local: edifício Pina Luz (Sala de Vídeo)
Data: 30 de agosto de 2025 até 25 de fevereiro de 2026
Endereço: Praça da Luz, 2, São Paulo — SP.
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h.