Como parte da programação da Pinacoteca de São Paulo para a 17ª Primavera dos Museus, vamos sediar a roda de conversa “Tecnologias Ancestrais da Memória Indígena” com Glicéria Tupinambá sobre o projeto “Manto em movimento”. A conversa será mediada por Aline Ambrósio.
OS MANTOS TUPINAMBÁ
Objetos de valor espiritual e ritualístico, os mantos atraíram atenção e interesse dos colonizadores, tornando-se parte de negociações, escambo ou motivo de saque. Hoje, sabe-se da existência de apenas 13; 11 estão conservados em museus europeus e dois perdidos ou escondidos.
Um desses mantos — hoje na Dinamarca — esteve no Brasil para a Mostra do Redescobrimento: Brasil + 500, ocorrida no ano 2000 em São Paulo. Nesta ocasião dois anciões do povo de Glicéria encontraram os mantos e deram início a um processo de reconhecimento desta tradição. Após um longo processo de negociação, do qual Glicéria foi parte ativa, esse manto histórico deve retornar definitivamente ao país.
Sobre Glicéria Tupinambá
Glicéria Tupinambá é artista, ativista e educadora e pesquisa a cosmologia de seu povo, em especial o Manto Tupinambá, ela entende que a partir dele é possível se conectar com o mundo dos Encantados, entidades que habitam as matas e guiam o povo através de sonhos e visões.
Sobre Aline Ambrósio
Aline Ambrósio é arquiteta, profissional de expografia e curadora afro-indígena. Dedica-se à investigação e crítica em curadoria, arte contemporânea brasileira e arte e tecnologia. Seu principal interesse se baseia na investigação da relação entre cidades e a memória de povos e comunidades contra hegemônicas e seus processos emancipatórios.
Mais informações
Veja a programação completa da Pina para a 17ª Primavera dos Museus na página do evento.
Serviço
Data: 23 de setembro
Horário: 15h
Local: Auditório da Pina Contemporânea