O Museu - Cronologia
Listagem de itens cronologia
1873
Inspirado nos ideais positivistas, e para oferecer educação e cultura à população carente, Carlos Leôncio da Silva Carvalho funda o Museu do Estado, em São Paulo.
1882
Converte-se no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e passa a oferecer gratuitamente cursos de artes aplicadas.
1897
Com projeto do escritório de Ramos de Azevedo e desenho de Domiciano Rossi, tem início a construção de um novo edifício para o Liceu de Artes e Ofícios, na Av. Tiradentes, junto ao Jardim da Luz.
1900
Parcialmente concluído, sem o revestimento externo nem a cúpula projetada, que jamais se realizaria, o edifício promove cursos de orientação artística e o Ginásio do Estado.
1905
O Secretário do Interior e da Justiça solicita sala para instalar a Galeria de Pintura do Estado . Assim, a Pinacoteca é instituída em 24 de dezembro com pinturas transferidas do Museu Paulista. Seu acervo inicial é composto por 26 telas.
1911
A Pinacoteca é regulamentada em 21 de Novembro.. Entre 1905 e 1911 são incorporadas ao acervo 33 pinturas de artistas brasileiros e também de estrangeiros que passaram pelo país.
1913
Em 24 de Dezembro, é aberta a 1ª Exposição Brasileira de Belas Artes.
1918
A pintura Os emigrantes, de Antonio Rocco, é comprada pelo Governo para o Museu e se torna a primeira obra a representar a imigração em São Paulo.
1923
Nesse ano o número de visitantes já está em torno de 15 mil pessoas.
1925
A Lei 2.128 reorganiza as repartições públicas do Estado e subordina a Pinacoteca à Secretaria do Governo.
1928
O Governo adquire para a Pinacoteca Bananal, de Lasar Segall. Essa pintura é a primeira obra moderna a entrar para o acervo de um museu de arte no Brasil.
1930
Em outubro, o Museu é fechado e o prédio cedido à Primeira Legião, vinda do Paraná durante a Revolução de 30.
1932
O edifício é requisitado durante a Revolução Constitucionalista para o Batalhão Militar Santos Dumont e o acervo do Museu fica disperso por diversos órgãos públicos.
1934
No dia 25 de janeiro é erguido em frente à Pinacoteca, o monumento em homenagem a Ramos de Azevedo*. Por indicação de Mário de Andrade, o Governo adquire a pintura Mestiço, de Cândido Portinari, primeira obra do artista a integrar a coleção de um museu.
1936
Reinauguração da Pinacoteca na rua Onze de Agosto pelo secretário da Educação e Saúde Pública, Cantídio de Moura Campos.
1937
O Museu inaugura a Sala Henrique Bernardelli para abrigar a coleção particular de 698 obras deixadas em testamento pelo artista.
1939
Decreto reorganiza a Pinacoteca e cria os cargos de restaurador e de diretor técnico, assumido por Paulo Vergueiro Lopes de Leão, por indicação do Conselho de Orientação Artistica.
1941
O diretor da Pinacoteca recusa proposta do prefeito de instalar o Museu no Palácio das Indústrias, devido à poluição causada pelo Gasômetro e pelas fábricas das vizinhanças.
1944
Aquisição da coleção do pintor Pedro Alexandrino, que receberia, em 1947, sala especial no Museu. O acervo da Pinacoteca atinge o número de mil obras.
1947
A Pinacoteca retorna ao antigo edifício da avenida Tiradentes, agora sede própria. Funcionários da Estrada de Ferro Sorocaba auxiliam na mudança e soldados do Corpo de Bombeiros ajudam na montagem das salas de exposição.
1947/48
Mais seis retratos de autoria de Almeida Júnior – além de A Providência guia Cabral, de Visconti, Camões lendo Lusíadas, de Antonio Carneiro, e Figura, de Henrique Bernardelli — são encaminhados à Pinacoteca pelo Museu Paulista.
1951
Tem início o projeto Conferência a Passeio, em que os artistas plásticos Anita Malfatti, Alípio Dutra, Quirino Campofiorito e Georgina de Albuquerque, entre outros, percorrem o Museus discorrendo sobre a produção de alguns artistas.
1952
Implantação da Pinacoteca Circulante, projeto pioneiro que exibiria, até 1971, obras do acervo no interior paulista, em clubes, salões paroquiais, escolas e prefeituras, com apoio do Rotary Club e de empresas dos municípios visitados.
1955
A Folha da Tarde informa, na seção Museus e Exposições, que a Pinacoteca tem funcionários habilitados para atender grupos de estudantes em “passeios explicativos” ao acervo.
1959
A biblioteca do museu, composta por quinhentos volumes, é instalada na sala da diretoria e aberta ao público mediante agendamento prévio.
1962
Acordo firmado entre o diretor da Pinacoteca e o Serviço de Fiscalização Artística proíbe o empréstimo de obras do acervo para repartições públicas. No ano seguinte, uma resolução determina a imediata devolução ao Museu das obras que estavam emprestadas.
1968
O Museu ainda compartilha o espaço com a Escola de Belas Artes, o Serviço de Fiscalização Artística, a Escola de Arte Dramática, o Conservatório Estadual de Canto Orfeônico e o Liceu de Artes e Ofícios.
1969
O acervo da Pinacoteca atinge o número de 2 mil obras. O Governo adquire um conjunto de 387 gravuras e Marcelo Grassmann.
1970
A Pinacoteca é fechada para reforma e seu acervo é exibido em outras instituições. O Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (MAB-FAAP) promove mostra com obras da Pinacoteca.
1971
A Escola de Belas Artes de São Paulo torna-se Faculdade de Belas Artes de São Paulo, permanecendo no prédio. São concluídas algumas etapas da reforma, como a escada de acesso à Pinacoteca pela Avenida Tiradentes, além da finalização do teatro de arena. No mesmo ano a Biblioteca é oficialmente criada e instalada no piso térreo do prédio da Pinacoteca.
1972
A Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo designa Walter Wey, diplomata e crítico de arte, como diretor da Divisão de Unidades Culturais do Conselho Estadual da Cultura para responder pela diretoria da Pinacoteca.
1973
Após ampla reforma, a Pinacoteca é reaberta.
1975
A Pinacoteca dá início às exposições temporárias de arte contemporânea e da sua coleção. São criados os laboratórios de desenhos para crianças, adolescentes, adultos e professores. Nesse ano Aracy Amaral assume a diretoria do museu.
1976
A exposição Bom Retiro e Luz: um roteiro, com fotografias de Cristiano Mascaro, marca a intenção de articular a Pinacoteca com seu entorno, como o bairro da Luz, e inaugura a prática das mostras fotográficas na instituição.
1977
Início do Curso livre de desenho com modelo vivo, semanal, sob a direção de Gregório Gruber Correia
1978
Aracy Amaral propõe ao Condephaat o tombamento do prédio da Pinacoteca. São realizadas aquisições de obras de arte produzidas entre os anos 60 e 70.
1979
O museólogo Fábio Magalhães é nomeado diretor da Pinacoteca, cargo em que permanece até 1982.
1980
Implantação do projeto Pinacoteca no Sesc, com a exibição mensal de uma obra do acervo do Museu na Galeria Sesc Carmo. O acervo da Pinacoteca atinge o número de 3 mil obras.
1982
O prédio da Pinacoteca é tombado pelo Condephaat e a direção do Museu passa a Maurício Friedman, arquiteto e programador visual.
1983
A historiadora de arte Maria Cecília França Lourençoé nomeada diretora da Pinacoteca. Permanece até 1988 no cargo. Promove uma intensa campanha em prol da ocupação total do prédio pela Pinacoteca.
1986
O intelectual Alfredo Mesquita deixa à Pinacoteca, em testamento, um importante conjunto de obras, de autoria de artistas modernistas brasileiros, que só seria oficialmente incorporado ao acervo em 1994.
1989
A Faculdade de Belas Artes de São Paulo sai do edifício que compartilhava com a Pinacoteca desde 1946, para sede própria na Vila Mariana.
1990
A crítica de arte Maria Alice Milieté nomeada diretoria da Pinacoteca. Após nova interdição, a Pinacoteca reabre com Memória Paulista, uma grande retrospectiva do pintor Benedito Calixto.
1992
O artista plástico e curador Emanoel Araújo é nomeado diretor da Pinacoteca. É criada a Associação Amigos da Pinacoteca do Estado.
1994
Com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, tem início a reforma geral do prédio, agora totalmente ocupado pela Pinacoteca. Esta reforma insere-se no programa de revitalização da área central da cidade, implementado durante o governo Mário Covas.
1995
Início das exposições internacionais de grande porte com Rodin: Esculturas e Rodin e a Fotografia, visitadas por mais de 183 mil pessoas.
1997
O projeto Pinacoteca no Parque ocorre no Pavilhão Manoel da Nóbrega, no parque do Ibirapuera, onde a equipe do laboratório de conservação e restauro trabalha cerca de cem obras do acervo da Pina diante do público.
1998
Reformada, a Pinacoteca é entregue ao público em fevereiro. O segundo andar somente ficaria pronto em dezembro, inaugurado com a mostra de longa duração do acervo.
1999
O Jardim da Luz é fechado para restauração e reaberto no mesmo ano com a mostra Esculturas monumentais europeias, que marca o início da interação do mais antigo parque público da cidade com a Pinacoteca.
2000
O projeto de restauro do prédio da Pinacoteca recebe o Prêmio Arquitetura Mies van der Rohe para América Latina. O acervo do museu atinge o número de 5 mil obras.
2001
A exposição A Porta do Inferno, de Auguste Rodin, é vista por mais de 250 mil pessoas.
2002
Emanoel Araújo, após dez anos à frente da Pinacoteca, transfere o cargo de diretor técnico para o museólogo Marcelo Mattos Araújo. É implantado o Núcleo de Ação Educativa.
2003
Em janeiro, tem início o Projeto Octógono Arte Contemporânea, com a instalação do italiano Mario Merz.
2004
A Pinacoteca incorpora o antigo edifício da Delegacia de Ordem e Política Social (Dops), no largo General Osório, ao lado da Sala São Paulo, que passa a ser a Pinacoteca Estação.
2005
Criação e implantação do Centro de Documentação e Memória (CEDOC), na Pinacoteca Estação. Início das comemorações do 1º Centenário da Pinacoteca do Estado de São Paulo com a exposição Henry Moore: Brasil 2005, uma retrospectiva. O Museu conta com cerca de 220 pessoas trabalhando em seus dois prédios e os visitantes ultrapassaram 240 mil pessoas.
2007
A coleção Brasiliana – Fundação Estudar é doada para a Pinacoteca, uma das mais importantes doações da história do Museu, com quase 500 obras centradas no século 19.
2008
É inaugurado o Memorial da Resistência, no térreo do edifício do Largo General Osório, dedicado à preservação de referências das memórias da resistência e da repressão políticas do Brasil.
2011
O 2º andar do edifício da Pinacoteca é fechado para reformulação da exposição permanente, até o fim do ano. O andar é reinaugurado com a exposição Arte no Brasil: Uma História na Pinacoteca de São Paulo.
2012
Marcelo Araújo deixa a diretoria da Pinacoteca para assumir a Secretaria de Cultura do Estado. O Museu passa a ter um Diretor Técnico, um Administrativo Financeiro e um dedicado às Relações Institucionais e Captação.
2013
É realizada a retrospectiva do artista Waltercio Caldas, um marco na programação de retrospectivas da Pinacoteca. No segundo semestre acontece a exposição Fortuna, de William Kentridge, que recebeu mais de 100 mil pessoas.
2014
São apresentadas importantes exposições internacionais como Mira Schendel e Ron Mueck.
2015
É assinado o comodato, definindo a Pinacoteca como responsável por preservar e dar acesso público às obras da Coleção de Roger Wright, com mais de 170 obras brasileiras dos anos 1960 até os anos 2000.
2016
No fim de 2016 a Pinacoteca conclui em seu edifício da Luz a inédita cronologia da arte brasileira, abrindo ao público mais duas exposições que continuam a narrativa da mostra de longa duração Arte no Brasil: Galeria José e Paulina Nemirovsky – Arte moderna e Vanguarda brasileira dos anos 1960 – Coleção Roger Wright.
Outubro de 2017
Pinacoteca integra a plataforma “Brasiliana Iconográfica” junto ao Itaú Cultural, Fundação Biblioteca Nacional e Instituto Moreira Salles, disponibilizando obras desta temática em seu acervo.
2018
Comodato de299 obras de artistas modernos e contemporâneos da Coleção Ivoncy e Evelyn Ioshpe
2019
Pinacoteca recebe a exposição Ernesto Neto: Sopro com sucesso de visitação, 211mil visitantes.
2020
Reabertura do museu após 6 meses fechado por conta da pandemia de Covid.
2020
Reinaugurada a montagem de longa duração com mais de 1000 obras do acervo, rompendo com a abordagem cronológica e apostando em uma montagem mais dinâmica e contemporânea.
2020
Inaugurada Véxoa: Nós sabemos, a primeira exposição de arte contemporânea indígena da Pinacoteca com curadora de Naine Terena.
2021
Inauguração da exposição Enciclopédia Negra com 103 obras de 36 artistas negros, todas do acervo da Pinacoteca de São Paulo.
2021
A exposição OSGEMEOS: Segredos se torna um marco da retomada da vida cultural durante a pandemia do coronavírus, recebendo 237 mil visitantes.
2022
2022 – Início dos trabalhos de captação e construção do edifício da Pinacoteca Contemporânea.
2022
Lançamento do Hub Pinacoteca com diversas inovações tecnológicas e com o Acervo Online, disponibilizando as obras do Museu para o público geral. Cronologia
2023
Transferência e unificação da Biblioteca e CEDOC para o edifício Pina Contemporânea, dando origem à Biblioteca e Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOC).
2024
A Biblioteca e Centro de Documentação e Pesquisa (CEDOC) é renomeada para Biblioteca de Artes Visuais consolidando o Centro de Referência da Pinacoteca.